Inchaço, fadiga, anemia, azia e refluxo ácido, além de dores nas articulações e no abdômen. Esses são os sintomas mais comuns e conhecidos da doença celíaca. No entanto, para além dos sintomas gastrointestinais, ainda é pouco difundido que a intolerância ao glúten pode causar algumas manifestações bucais antes mesmo dos sinais mais comuns, conforme explica o especialista em Estomatologia e professor do curso de Odontologia da Universidade Positivo (UP), Acir José Dirschnabel. “É importantíssimo que sejam realizados exames periódicos no dentista, pois a doença celíaca pode se desenvolver e ser diagnosticada em qualquer etapa da vida, desde a infância até a terceira idade.” Ele também destaca a relevância do papel do dentista em conhecer os sintomas que a doença pode causar, para que possa pedir os exames que detectam a condição.
Segundo Dirschnabel, um dos principais sintomas bucais podem se manifestar já na infância, causando alteração na formação do esmalte dentário. “Quando desenvolvida nessa fase da vida, a doença celíaca pode causar defeito na formação dos dentes permanentes da criança, apresentando manchas amareladas e/ou amarronzadas”, detalha, ressaltando que esse problema no esmalte é principalmente estético, mas, em alguns casos, pode causar sensibilidade dentinária.
O professor aponta que uma secura bucal bastante incômoda também pode ser um dos sintomas da condição, além do aparecimento de aftas recorrentes e extensas. “Os pacientes que sofrem com a doença celíaca sentem a presença constante de aftas na boca e, principalmente, na garganta.”
Apesar dessas condições orais causadas pela doença, não há registros de complicações bucais mais graves por conta da intolerância ao glúten, como associação com o câncer de boca, por exemplo. “O principal fator acometido pela doença é a qualidade nutricional e alimentar do paciente, não somente pelos problemas intestinais, mas também por conta das aftas que acabam limitando o consumo de certos alimentos”, finaliza Dirschnabel.
Conheça a doença
A enteropatia sensível ao glúten, mais conhecida como doença celíaca, é uma enfermidade autoimune causada pela intolerância ao glúten, um composto de dois grupos de proteínas – gliadina e glutenina – que são encontradas em grãos como trigo, cevada e centeio. Ou seja, quem possui a doença não pode comer alimentos como pães, tortas, biscoitos, bolos e massas que têm esses grãos como base, além de bebidas como cerveja, uísque e vodka.
Essa condição é mais comum do que se imagina, com estudos recentes revelando que uma em cada 100 pessoas sofre com a doença. A intolerância ao glúten é uma condição de quem já nasce com uma predisposição genética, mas não é necessariamente iniciada ou diagnosticada já nos primeiros anos de vida.
Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo é referência em Ensino Superior entre as IES do Estado do Paraná e é uma marca de reconhecimento nacional. Com salas de aula modernas, laboratórios com tecnologia de ponta e mais de 400 mil metros quadrados de área verde no campus sede, a Universidade Positivo é reconhecida pela experiência educacional de mais de três décadas. A Instituição conta com três unidades em Curitiba (PR), uma em Londrina (PR), uma em Ponta Grossa (PR) e mais de 70 polos de EAD no Brasil. Atualmente, oferece mais de 60 cursos de graduação, centenas de programas de especialização e MBA, cinco programas de mestrado e doutorado, além de cursos de educação continuada, programas de extensão e parcerias internacionais para intercâmbios, cursos e visitas. Além disso, tem sete clínicas de atendimento gratuito à comunidade, que totalizam cerca de 3.500 metros quadrados. Em 2019, a Universidade Positivo foi classificada entre as 100 instituições mais bem colocadas no ranking mundial de sustentabilidade da UI GreenMetric. Desde março de 2020 integra o Grupo Cruzeiro do Sul Educacional. Mais informações em up.edu.br/