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*Eleutério Benin
O ano de 2021 começou mantendo alguns desafios de 2020, como a pandemia da Covid-19, que continua impactando toda a sociedade em diferentes áreas. Mas o novo período também traz boas notícias, como a vacina contra o coronavírus e esperança de dias melhores. O início do novo ciclo ainda carrega, além das tradicionais contas de IPTU, IPVA e material escolar, a preocupação com o planejamento financeiro. E, para muitas pessoas, esse é o período de promessas e metas para iniciar e terminar o ano “no azul”, fazer uma reserva financeira e ,ainda, organizar o orçamento para um futuro mais tranquilo.
Mas, por onde começar? Quem pretende começar o ano com o pé direito deve se preparar para colocar em prática dicas e orientações de educação financeira. Aliás, o conhecimento é o primeiro passo para a organização do orçamento. É importante descobrir as melhores maneiras para administrar e investir o dinheiro. E, para isso, vale procurar publicações que sejam referência sobre o tema ou a orientação de especialistas. O Sicredi possui um programa nacional para educação financeira, o Cooperação na Ponta do Lápis. A iniciativa possui um site para compartilhar práticas de forma positiva, visando transformar a relação dos brasileiros com as finanças pessoais.
Com a educação financeira é possível ficar atento a um ponto crucial para o planejamento do orçamento: saber o quanto se ganha e o quanto se gasta. Identificar o valor total da renda da família e anotar as despesas é fundamental para cortar o que é supérfluo, estimar custos sazonais e separar recursos para eventuais emergências. Muitas pessoas acreditam que sabem para onde vai o dinheiro, mas não organizam as informações. A falta de um detalhamento pode trazer percepções equivocadas sobre quanto é possível gastar.
Ainda sobre despesas, é importante refletir sobre a necessidade de cada compra. Economizar, e só depois comprar, traz vantagens como melhor negociação para compras à vista e a ausência de juros excessivos em parcelamentos. A paciência e a perseverança são a chave para uma vida financeira mais tranquila.
E se economizar ainda não é um hábito, uma boa alternativa é a poupança, modalidade segura e que traz o benefício dos juros compostos. A simplicidade e a liquidez são boas vantagens e o mais importante é iniciar e manter o hábito, mesmo que com quantias mais baixas. Investidores com perfil mais arrojado podem apostar em outras opções com maior rentabilidade a longo prazo. Em uma instituição financeira cooperativa, não importa a solução escolhida, o associado terá vantagens como a participação nos resultados (lucros) gerados pela cooperativa, o relacionamento mais próximo e o modelo de negócio sustentável, com recursos reinvestidos na área de atuação da cooperativa para o desenvolvimento regional das comunidades. Um ciclo positivo que começa com planejamento dentro de casa e impacta positivamente toda a sociedade.
*Eleutério Benin é diretor executivo da Sicredi Iguaçu PR/SC/SP, cooperativa que atua na região de Campinas (SP), no interior do Paraná e de Santa Catarina.