Perda de dentes na adolescência é mais comum do que se imagina

Alterações hormonais e, principalmente, problemas na escovação são fatores que levam ao enfraquecimento ósseo e necessidade de extração dentária

A líder comunitária Maria Aparecida da Silva Ferreira, de 51 anos, começou a ter cáries quando ainda tinha dentes de leite. Moradora da comunidade Augusta B, na Cidade Industrial de Curitiba, ela conta que na época em que era criança e adolescente, quase não havia dentistas nas Unidades de Saúde. Para conseguir uma consulta, muitas vezes era preciso dormir no local e esperar atendimento, o que dificultava e desestimulava a procura por cuidados com a saúde bucal. 

Esses obstáculos foram as principais causas da perda precoce de dentes de Mara. Aos 16 anos, a líder comunitária perdeu seu primeiro dente e, aos 18 anos, quando engravidou do seu primeiro filho, passou pela mesma situação. Foi somente aos 20 anos que ela buscou atendimento e recebeu o diagnóstico de gengivite. Casos como o de Mara são mais comuns do que se imagina. Segundo um estudo realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), quase 40% dos adolescentes no Brasil, entre 15 e 19 anos, já perderam pelo menos um dente, e em 93% desses casos, as perdas foram provocadas por cáries. “A progressão da cárie em crianças e adolescentes pode levar à perda dentária, algo que muitos acreditam ser difícil acontecer com pessoas jovens, mas que pode ser mais frequente em regiões com vulnerabilidade social e falta de água fluoretada”, observa o dentista e diretor de Novos Produtos e Práticas Clínicas da Neodent, Sérgio Bernardes.

O dentista também destaca que a perda de dentes, principalmente nessa fase da vida, pode causar danos estéticos, funcionais, psicológicos e até sociais. Foi exatamente isso que aconteceu com Mara, que entrou em depressão por conta da sua condição. “Meus dentes estavam condenados, e eu não conseguia mais viver com os que tinha. Usava uma prótese móvel, mas há oito anos perdi meus dentes da frente, que eram os que sustentavam minha prótese. Por conta disso, comecei a ter dificuldades na fala, alimentação e, principalmente, na minha autoestima”, relembra. 

A possibilidade de realizar uma cirurgia de implantes dentários só surgiu em 2022, mais de 30 anos depois da perda do primeiro dente. “Eu sentia muita vergonha, não sorria. Às vezes, tinha reuniões na comunidade e não conseguia me expressar por causa da vergonha. Depois da cirurgia, eu me sinto outra pessoa. Minha autoestima e comunicação melhoraram 100%. Ainda hoje me olho no espelho e não acredito no que vejo. A vida da gente é sempre cheia de problemas, mas agora consigo enfrentá-los sorrindo, e falo para minhas filhas que, mesmo chorando, estou sorrindo”, comemora. 

Implantes na adolescência

No caso de Mara, principalmente pela falta de recursos, a oportunidade de realizar a cirurgia de implantes dentários apareceu na fase adulta. Para essa ser a solução ainda na adolescência, são exigidos alguns critérios. “O implante dentário é uma opção somente quando os ossos da face do paciente já estão desenvolvidos, com tamanho e posição definidos. Isso geralmente ocorre por volta dos 17 ou 18 anos e pode se estender até os 22”, esclarece Sérgio Bernardes. Quando o desenvolvimento ósseo não está completo, o implante pode interferir no crescimento natural do osso maxilar e não podem ser instalados nesse momento. 

Na avaliação do dentista, quando a cárie está em estágio avançado de destruição tecidual, a extração dos dentes acaba sendo inevitável e o tratamento dentário fica ainda mais complexo em adolescentes pela restrição da colocação de implantes. Os primeiros molares são os dentes mais perdidos durante a juventude, pois são os primeiros dentes permanentes a nascerem e, consequentemente, ficam mais expostos e mais suscetíveis ao desenvolvimento de cáries. “Durante essa fase, a cárie e a doença periodontal, em especial a gengivite, são os grandes vilões da saúde bucal. Isso ocorre em grande parte pela negligência dos jovens com a higienização e a falta de visitas regulares ao dentista. Além disso, os hormônios estão presentes em maior quantidade no organismo e podem causar alterações tanto físicas quanto comportamentais, o que tende a facilitar o surgimento de diversas complicações”, explica o dentista. 

Para que essa realidade fique para trás e menos jovens tenham problemas como esses, é fundamental incentivar uma rotina de higienização bucal desde cedo, começando dentro de casa com a família. É o que Mara vem fazendo desde que seus filhos nasceram. “Tenho três filhos, um de 13, um de 28 e outro de 32 anos. Nunca quis que eles passassem pelo que passei e, por isso, aprendi com a minha história. Levo-os sempre ao dentista e, até hoje, eles nunca tiveram problemas com os dentes”, se orgulha.

Sobre a Neodent

Fundada há 30 anos por um dentista e para dentistas, a Neodent tem o propósito de criar novos sorrisos todos os dias. Líder em implantes no Brasil e uma das maiores empresas do segmento no mundo, a Neodent oferece um portfólio completo de soluções odontológicas diretas, progressivas e acessíveis. É responsável pela criação de produtos originais, como o Grand Morse e o Neodent Ceramic Implant System, entre outros que hoje estão presentes em mais de 90 países. O propósito da marca faz parte da cultura organizacional e do cotidiano dos seus mais de 2.500 colaboradores, que trabalham com orgulho de pertencer à empresa. A inovação também faz parte também do DNA da empresa, assim como a constante busca por aprendizado e crescimento.

A Neodent, que faz parte do Grupo Straumann (SIX: STMN), líder global em odontologia, acredita que a diversidade, a colaboração e o desenvolvimento contínuo dos colaboradores são a chave do sucesso, e o êxito da marca se deve aos seus produtos e soluções odontológicas de alta tecnologia, com excelentes resultados, que permitem que milhares de pessoas sorriam.

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