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Medidas inteligentes representam economia de até 80%
O Dia Mundial da Água é comemorado em 22 de março e, em todos os setores, o assunto se tornou um dos temas mais debatidos dos últimos tempos, seja pela escassez ou pelo aumento no preço para o consumidor. Embora a situação seja mais grave na região Sudeste, medidas para reduzir o consumo de água tornaram-se palavras de ordem em todo o país. De acordo com Carlos Figueiredo, coordenador do curso de Ciências Ambientais da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, é preciso aprender com a crise para que ela não se repita. “A água é um recurso finito e se não usado com responsabilidade, não irá durar muito tempo. Precisamos incorporar as práticas de economia o quanto antes para que não falte no futuro”, analisa ele. “Gerir o gasto de água é importante não só do ponto de vista ambiental, mas também no aspecto econômico, em função dos aumentos constantes da tarifa e da redução dos custos de cada empresa”, ressalta.
No Paraná, o Colégio Positivo Internacional é um exemplo de como a água deve ser uma preocupação das empresas já na fase de construção. “Com escolhas simples e inteligentes, pode-se evitar o desperdício, sem interferir no conforto e higiene dos alunos, professores e colaboradores”, afirma o diretor geral do Colégio Positivo, Celso Hartmann. A estimativa é que o Colégio Positivo Internacional reduza em até 80% o gasto de água, na comparação com uma escola do mesmo porte, com uma série de medidas – entre as quais, a adoção de metais e louças eficientes. O uso de arejadores que misturam ar à água, em todas as torneiras, diminui a vasão em 88% (de 6 litros/minuto para 1,8 litros/minuto). Vasos sanitários equipados com acionamento duplo reduzem o consumo em 65%. Já a captação da água da chuva, que é armazenada em três reservas, com capacidade para 5 mil litros cada, garante a irrigação dos jardins, a circulação do sistema de aquecimento do piso e as descargas dos vasos sanitários e mictórios.
A gráfica e editora Posigraf também criou mecanismos para gerir o consumo de água. Por meio do controle de consumo diário em suas três unidades, a companhia identifica falhas e possíveis vazamentos no sistema de distribuição. “O controle é compartilhado pelas áreas de Meio Ambiente e Serviços Gerais, fazendo com que ações sejam tomadas rapidamente para evitar desperdícios”, explica Andréa Luiza da Silva Santos, supervisora da Gestão de Processos, Qualidade e Meio Ambiente da companhia. De acordo com ela, em 2015 houve uma redução de 17% na água consumida, comparado ao ano anterior – e esse resultado é reflexo do aumento da conscientização de todos os colabores e no trabalho constante de acompanhamento do gasto. A meta da empresa é reduzir o consumo na ordem de 10% a cada ano, o que tem se mostrado possível e benéfico tanto para a organização como para o meio ambiente. “Isso atesta que estamos sendo mais eficientes”, diz Andréa.
Erros de gestão
O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Gestão Ambiental da Universidade Positivo (UP), Maurício Dziedzic, afirma que investimentos estruturais podem reduzir o desperdício de água na distribuição – ou seja, antes de chegar às casas ou empresas. O Diagnósticos dos Serviços de Água e Esgotos mostra que as perdas médias de água tratada do Brasil são de 36,9%. “Levando em conta que parte dessas perdas pode não ser real, mas simplesmente água furtada do sistema por ligações irregulares, pode-se arredondar a conta: mais de um terço é perdido por falhas na rede”, diz. “Em países desenvolvidos, o índice é próximo a 10%. No Brasil, poderíamos estabelecer meta mais humilde, próxima a 20% a médio prazo. Faria muita diferença”, diz.
No Paraná, o Colégio Positivo Internacional é um exemplo de como a água deve ser uma preocupação das empresas já na fase de construção. “Com escolhas simples e inteligentes, pode-se evitar o desperdício, sem interferir no conforto e higiene dos alunos, professores e colaboradores”, afirma o diretor geral do Colégio Positivo, Celso Hartmann. A estimativa é que o Colégio Positivo Internacional reduza em até 80% o gasto de água, na comparação com uma escola do mesmo porte, com uma série de medidas – entre as quais, a adoção de metais e louças eficientes. O uso de arejadores que misturam ar à água, em todas as torneiras, diminui a vasão em 88% (de 6 litros/minuto para 1,8 litros/minuto). Vasos sanitários equipados com acionamento duplo reduzem o consumo em 65%. Já a captação da água da chuva, que é armazenada em três reservas, com capacidade para 5 mil litros cada, garante a irrigação dos jardins, a circulação do sistema de aquecimento do piso e as descargas dos vasos sanitários e mictórios.
A gráfica e editora Posigraf também criou mecanismos para gerir o consumo de água. Por meio do controle de consumo diário em suas três unidades, a companhia identifica falhas e possíveis vazamentos no sistema de distribuição. “O controle é compartilhado pelas áreas de Meio Ambiente e Serviços Gerais, fazendo com que ações sejam tomadas rapidamente para evitar desperdícios”, explica Andréa Luiza da Silva Santos, supervisora da Gestão de Processos, Qualidade e Meio Ambiente da companhia. De acordo com ela, em 2015 houve uma redução de 17% na água consumida, comparado ao ano anterior – e esse resultado é reflexo do aumento da conscientização de todos os colabores e no trabalho constante de acompanhamento do gasto. A meta da empresa é reduzir o consumo na ordem de 10% a cada ano, o que tem se mostrado possível e benéfico tanto para a organização como para o meio ambiente. “Isso atesta que estamos sendo mais eficientes”, diz Andréa.
Erros de gestão
O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Gestão Ambiental da Universidade Positivo (UP), Maurício Dziedzic, afirma que investimentos estruturais podem reduzir o desperdício de água na distribuição – ou seja, antes de chegar às casas ou empresas. O Diagnósticos dos Serviços de Água e Esgotos mostra que as perdas médias de água tratada do Brasil são de 36,9%. “Levando em conta que parte dessas perdas pode não ser real, mas simplesmente água furtada do sistema por ligações irregulares, pode-se arredondar a conta: mais de um terço é perdido por falhas na rede”, diz. “Em países desenvolvidos, o índice é próximo a 10%. No Brasil, poderíamos estabelecer meta mais humilde, próxima a 20% a médio prazo. Faria muita diferença”, diz.