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Evento on-line promovido pelo CIEE/PR, Instituto Buko Kaesemodel e Fórum Permanente da Pessoa com Deficiência tem como objetivo refletir sobre inclusão no mercado de trabalho
No próximo dia 29 de junho, às 19h, o Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR), juntamente com o Instituto Buko Kaesemodel e o Fórum Permanente da Pessoa com Deficiência realizam uma live para debater as dificuldades e oportunidades de empregabilidade de jovens com deficiência cognitiva. A ação faz parte do convênio assinado entre as instituições, com o objetivo de abrir oportunidades no mercado de trabalho para jovens com Síndrome do X Frágil.
A Síndrome do X Frágil é uma condição genética que determina o atraso no desenvolvimento, com características variáveis de comprometimento intelectual, distúrbios de comportamento, problemas de aprendizado e na capacidade de comunicação.
“Muitos dos jovens, hoje cadastrados no Programa Eu Digo X, por conta própria e das famílias, já procuraram recolocação no mercado de trabalho, mas sem sucesso. Alguns já trabalharam em grandes empresas, mas pelo desconhecimento do comportamento do X Frágil, foram demitidos por não se adequarem aos parâmetros sociais, gerando conflitos desnecessários”, explica Luz María Romero, gestora do Instituto Buko Kaesemodel.
Segundo Luz María, a pessoa acometida pela Síndrome do X Frágil, se diagnosticada precocemente, e com isso tenha o atendimento adequado, com tratamentos corretos, se desenvolve de modo que pode sim realizar atividades profissionais. “Muitos dos nossos jovens, hoje em idade ativa, possuem independência de locomoção e de decisões, faltando apenas a independência financeira”, reforça.
Para que um jovem X Frágil possa atuar no mercado de trabalho e alcance desempenho profissional, o empregador precisa ter conhecimento a respeito das limitações do contratado, criando um ambiente propício, adaptado para concentração e com suporte. “As empresas precisam aprender a delegar tarefas às pessoas com deficiência cognitiva, como, por exemplo, ao jovem X Frágil, respeitando a capacidade e seu tempo de produção”, alerta Luz María.
Com o projeto desenvolvido junto ao CIEE/PR, os jovens com Síndrome do X Frágil passarão por entrevista de seleção, buscando traçar limites, condições e aptidões. “A parceria com o Instituto reforça o papel social que o CIEE/PR vem desempenhando em todo o estado. São iniciativas que ajudam a fomentar a inclusão e o acesso mais amplo dos jovens ao mercado de trabalho, por meio de capacitações e de um olhar humanizado”, destaca o presidente do CIEE/PR, Domingos Murta.
Sobre o CIEE/PR
Há mais de 53 anos, o Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR) atua para promover a integração dos jovens ao mercado de trabalho. Por meio de programas de estágios e aprendizagem, cursos de capacitação e cidadania e programas sociais, a instituição contribui para o desenvolvimento econômico e social do Estado. Com 37 unidades operacionais distribuídas em todas as regiões do Paraná, o CIEE/PR tem uma média mensal de 22,5 mil estagiários e 4,5 mil aprendizes, e já recebeu cerca de 30 títulos de Utilidade Pública. Está registrado nos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente em mais de 112 municípios e tem como um de seus propósitos trabalhar para fortalecer o desenvolvimento humano e social.