Editora Positivo lança, em Belo Horizonte, obras ilustradas de Murilo Rubião

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Sobrinha do escritor e ilustradores participam da sessão de autógrafos na Livraria Quixote

O lançamento dos contos ilustrados “Bárbara”, “O Edifício” e “Teleco, o Coelhinho”, do mineiro Murilo Rubião, pela Editora Positivo, será marcado por uma roda de conversa, neste sábado, 3/12, em Belo Horizonte (MG).  O evento que contará com a participação da sobrinha do escritor, Sílvia Rubião, e dos ilustradores Nelson Cruz, Marilda Castanha e Odilon Moraes, ocorre na Livraria Quixote, às 11 horas.

Murilo Rubião, que completaria 100 anos em 2016, é um dos maiores representantes da literatura fantástica brasileira. Já os três artistas que ilustram as obras são, na atualidade, altamente reconhecidos e premiados no cenário da literatura infantil e juvenil.

A reedição dos contos, desta vez ilustrados, dão um peso ainda maior ao trabalho de Rubião. Segundo Cristiane Mateus, Editora de Literatura,da Editora Positivo, o objetivo do projeto é aproximar ainda mais as novas gerações da obra deste mineiro que foi um precursor da ficção fantástica no Brasil, além de estimular o gosto pela leitura entre o público jovem e adolescente.

Com 48 páginas, os livros podem ser adquiridos separadamente e constituem uma boa sugestão de presente para o final de ano, além de uma excelente sugestão de leitura para os adultos e também para os estudantes do Ensino Fundamental 2 (a partir de 11 anos). A impressão e o acabamento são da Gráfica e Editora Posigraf.

O evento de lançamento é aberto ao público em geral e, para o mineiro Nelson Cruz, idealizador do projeto e ilustrador de “O Edifício”, este também é um momento especial para homenagear um dos expoentes da literatura nacional e regional. “A expectativa é levar a linguagem da ilustração ao público jovem combinando com textos literários de qualidade. Nosso propósito, enquanto ilustradores, é não subestimar a idade do leitor jovem”, argumenta.

Para Marilda Castanha a trilogia é uma forma de resgatar um autor que foi “esquecido” pelo grande público mas que possui um texto primoroso com textos e personagens inesquecíveis. Segundo ela, como este é um projeto que se destina tanto ao público adulto quanto ao adolescente, muitos irão descobrir e se encantar com o trabalho de Rubião. Odilon Moraes observa que o trabalho lhe trouxe uma “chance especial de confrontar sua leitura de hoje com a que teve na juventude”. “Espero que gostem de minha interpretação, já que nosso trabalho frente a esses contos sugerem, em primeiro lugar, a maneira como os lemos. Fico muito curioso para ver e ler os contos escolhidos e ilustrados por meus companheiros”, completa.

Serviço:

O QUÊ: Lançamento de três contos ilustrados de Murilo Rubião, com a presença da sobrinha do autor e dos ilustradores Nelson Cruz, Marilda Castanha e Odilon Moraes

QUANDO: 03/12, às 11 horas

ONDE: Livraria Quixote, rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi, Belo Horizonte (MG)

TELEFONE: (31) 3227- 3077

QUANTO: Gratuito

Editora Positivo comemora centenário de Murilo Rubião com lançamento de obras ilustradas para público jovem

Literatura fantástica ganha ainda mais vida com trabalho dos premiados ilustradores Nelson Cruz, Marilda Castanha e Odilon Moraes

O centenário de nascimento do escritor mineiro Murilo Rubião – um dos principais representantes da literatura fantástica no Brasil –  inspira o lançamento de uma trilogia ilustrada pela Editora Positivo. Os contos “Bárbara”, “O Edifício” e “Teleco, o Coelhinho” saem em edições especiais e com a participação de grandes ilustradores brasileiros, cujos trabalhos interagem com o texto.

Entre os diferenciais das publicações está justamente o formato, no qual, dentro de uma conceituação atual, ilustração e projeto gráfico contribuem para ampliar ainda mais o peso da obra. Dessa forma, a editora pretende aproximar as novas gerações da escrita de Rubião e estimular o interesse não só por este autor, mas também pelo gênero ficção fantástica, que costuma ter uma ótima aceitação entre o público jovem e adolescente.
O projeto partiu do mineiro Nelson Cruz. Um dos mais reconhecidos ilustradores do país, Cruz detém, entre outras premiações, a da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), a da Câmara Brasileira do Livro (Jabuti),  a da Biblioteca Nacional (Prêmio Glória Pondé), e a do Centre International d’Études en Littérature de Jeunesse (CIELJ), da França (Octogones). Foi ele quem sugeriu a publicação de três livros ilustrados e também a participação dos outros artistas: a mineira Marilda Castanha e o paulista Odilon Moraes.
Os três tiveram a liberdade de escolher o conto conforme identificação pessoal, conteúdo que foi devidamente aprovado pela Editora Positivo que avaliou a adequação de leitura das obras e também as recomendou para uso no Ensino Fundamental 2.  Vendidos separadamente ao preço de R$ 39,80, os livros destacam-se, ainda, pelo acabamento em costura e pela riqueza das ilustrações em técnicas que passam pelo trabalho manual com nanquim, giz, aquarela, tinta acrílica, gesso, entre outros. A impressão e o acabamento são da Gráfica e Editora Posigraf.

Rubião, o precursor da literatura fantástica no Brasil

Como explica o escritor Nelson de Oliveira, que prefacia o livro “O Edifício”, “no Brasil, grandes autores fizeram ficção fantástica, mas esporadicamente. Pouquíssimos foram os que se dedicaram exclusivamente a esse gênero. Murilo Rubião foi um deles. Não só isso. Foi um dos maiores. Um precursor. Sua obra ficcional − apenas trinta e três contos curtos − iluminou o caminho para a sua geração e as seguintes.”

Nascido em Minas Gerais em 1916, Murilo Rubião formou-se em Direito e exerceu diversas atividades. Começou a carreira literária escrevendo poemas, mas logo acabou enveredando para o gênero que o consagrou: o conto fantástico. Mágico das palavras, o autor retira de sua cartola um cotidiano revestido de simbologia apetitosa. Personagens podem surgir e desaparecer sem maiores explicações. Situações aparentemente absurdas são moldadas por uma linguagem que harmoniza o natural com o sobrenatural. Nesse contexto, valores da sociedade são colocados frequentemente à prova.

O escritor Mário de Andrade afirmou, em 1943, que Rubião “possui o mesmo dom de um Kafka. A gente não se preocupa mais, é preso pelo conto, vai lendo e aceitando o irreal como se fosse real, sem nenhuma reação mais”. Apesar do reconhecimento de sua obra (ainda em vida) por boa parte do meio literário, o autor nunca se mostrou satisfeito com o resultado de sua escrita. Em entrevistas, revelou que essa insatisfação o levava à reescrita constante dos contos, lapidando a linguagem até a exaustão, em busca de uma prosa límpida.

Seu primeiro livro, “O ex-mágico”, foi publicado em 1947. Depois, vieram “A estrela vermelha” (1953), “Os dragões e outros contos” (1965), “O pirotécnico Zacarias e O convidado” (1974), “A casa do girassol vermelho” (1978) e “O homem de boné cinzento e outras histórias” (1990). Teve parte da obra traduzida para outros idiomas. Após a sua morte, em 1991, diversas antologias de contos seus foram publicadas no país.

Sobre os livros:

“O Edifício”– trabalho que remete ao mito de Sísifo, é uma alegoria à condição humana e um conto extremamente angustiante no qual a vida parece suspensa. Segundo o escritor Nelson de Oliveira, que responde pelo prefácio da obra, a narrativa transparente, sem exageros retóricos, mostra que, para o autor, o enredo é tão importante quanto a linguagem. Ilustrado por Nelson Cruz em tinta acrílica e caneta nanquim, tem 48 páginas.

“Bárbara” – uma obra que relata, por meio do fantástico, a soberba e o vazio. É a história de uma mulher que não se sacia e tem desejos sem fim, e de seu companheiro que, com um amor descomunal, não se limita a satisfazer as vontades da esposa. Na visão de Mariana Ianelli, que prefacia o livro, também pode ser considerado “uma história de sombras ou A fábula de um amor louco”. Ilustrado por Marilda Castanha, em técnica mista, tem 48 páginas.
“Teleco, o Coelhinho” – este conto fala das questões da existência humana e da metamorfose, no sentido de tentativa de adaptação do mundo. Como explica Nilma Lacerda, que apresenta o livro, a obra mostra “as transformações contínuas de humor, de um corpo que em certas ocasiões parece não caber no eu que o abriga”. Com ilustrações de Odilon Moraes, em lápis, nanquim e Ecoline, tem 48 páginas.

Sobre os ilustradores:

Nelson Cruz: é autor de vinte dois livros, entre eles, cinco receberam prêmios Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro. Em 2002, a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, seção brasileira do IBBY, indicou-o ao prêmio Hans Christian Andersen de ilustração. Em 2004 e 2012 foi indicado pela FNLIJ para a Lista de Honra do IBBY (International Board on Books for Yong People), na Suíça.   Em 2012, os originais do livro Alice no telhado participaram da exposição Tea with Alice, homenagem aos 150 anos do livro Alice no país das maravilhas, no Museu de História de Oxford, Londres. Em 2015, a Academia Brasileira de Letras concedeu o prêmio ABL de Literatura Infanto-Juvenil ao O livro do acaso. Em 2016, com o livro Haicais visuais, recebeu os prêmios Monteiro Lobato de Literatura Infantil e Juvenil, da Revista Crescer.

Marilda Castanha: natural de Belo Horizonte, onde estudou Belas Artes na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).  Começou a ilustrar livros infantis no final dos anos 80. Em 1997 participou de um Seminário de Ilustração na Bratislava (capital da Eslováquia). Ilustrou vários autores, participou de exposições e, em 2000, com o livro “Pindorama, terra das Palmeiras” ganhou os prêmios Runner up (Japão), Prix Octogone (Paris) e no Brasil o prêmio Jabuti de Ilustração. Em 2011 ganhou novamente o prêmio Jabuti com o livro “Mil e uma estrelas” (Ed. SM). Também participou de várias mostras da exposição Le Immagini della Fantasia, em Sármede, norte da Itália. Atualmente mora em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, com o marido (o ilustrador Nelson Cruz) e seus dois filhos.

Odilon Moraes: graduado em arquitetura pela USP, iniciou na literatura em 1990 como ilustrador. Recebeu dois prêmios Jabutis pelas imagens de “A Saga de Sigfried”, em 1994 e “O Matador”, em 2009. Em 2002 escreveu seu primeiro livro ilustrado “A Princesinha Medrosa” que recebe o prêmio de Melhor Livro do Ano para Crianças, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Em 2004 recebeu novamente o prêmio Melhor Livro do Ano para Crianças pela FNLIJ com o livro “Pedro e Lua”. Em 2012 seu livro “Traço e Prosa” recebeu o prêmio Melhor Livro Teórico do Ano, também pela FNLIJ. Possui vários livros agraciados com o selo White Raven da Biblioteca Internacional do Livro para Crianças de Munique. No ano de 2014 entrou para a lista de honra do International Book Board for Youth (IBBY). Desde de 2005 ministra palestras, oficinas e escreve artigos sobre a história e o conceito do livro ilustrado em instituições como o Instituto Tomie Ohtake, Fundação Lasar Segall, Instituto Europeu de Design, SESC e, mais recentemente, o Instituto Vera Cruz e a UNICAMP.
Sobre a Editora Positivo: fundada há 37 anos, a Editora Positivo tem a missão de construir um mundo melhor por meio da educação. Tendo as boas práticas de ensino como seu DNA, a Editora especializou-se ao longo dos anos e tornou-se referência no segmento educacional, desenvolvendo livros didáticos, literatura infantil e juvenil, sistemas de ensino e dicionários. A Editora Positivo está presente em milhares de escolas públicas e particulares com os seus sistemas de ensino. Amplamente recomendados pela área pedagógica e reconhecidos pelos seus resultados, os sistemas foram criados de modo a atender a realidade de cada unidade escolar. Para a rede pública a editora disponibiliza o Sistema de Ensino Aprende Brasil. Já as escolas particulares contam com o Sistema Positivo de Ensino e com o Conquista. Cerca de 2 milhões de alunos utilizam os sistemas de ensino da Editora Positivo, em escolas públicas e particulares, no Brasil e no Japão.

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