De paciente a voluntário: cirurgia na coluna em hospital SUS devolve esperança e transforma educador físico em triatleta

Já faz mais de 5 anos desde que a vida de José Ribeiro Filho mudou completamente. Um acidente de trânsito o colocou como paciente em um hospital SUS de Curitiba (PR) e permitiu que descobrisse um novo propósito: ajudar outras pessoas. O educador físico de 63 anos deixou de ser paciente e virou voluntário do Hospital Universitário Cajuru, mesma instituição que o recebeu quando precisou passar por uma cirurgia na coluna. “Entrei no hospital para fazer a operação, com medo e dor, e fui acolhido por um voluntário. Ele conversou comigo, pegou minha mochila e me guiou até o quarto. Naquele momento eu chorei, porque nunca imaginei que alguém pudesse estar me esperando”, lembra, emocionado.

Após o acidente de trânsito, as dores na coluna começaram a fazer parte da rotina de Ribeiro. Foi preciso um exame de imagem para diagnosticar que a causa estava numa lesão na coluna. Segundo o médico Ubirajara Bley Filho, ortopedista e traumatologista no Hospital Universitário Cajuru, essa lesão é uma condição que pode causar dor, fraqueza e perda de sensibilidade. “Indicada em casos de fratura, artrose, desgaste, tumor, deformidade e infecção, a cirurgia na coluna é invasiva e pede cuidados importantes durante o pós-operatório. No caso desse paciente, a cirurgia permitiu que ele voltasse a ter a mesma vida de antes”, explica.

“Hoje, a normalidade da minha vida é medida pela prática diária de exercícios.” Como prova de que não se deixou abalar pelo acidente nem pela cirurgia na coluna, Ribeiro se tornou um triatleta que tem a natação, o ciclismo e a corrida na sua rotina. Para ele, a atividade física foi uma importante aliada na recuperação e segue sendo decisiva para manter a qualidade de vida. “Meu foco mudou. Agora, todo o meu treinamento é programado para musculação e ganho de força, para que eu possa conduzir macas e cadeiras de rodas no hospital”, conta.

Antes da cirurgia ser realizada, a maior preocupação de Ribeiro era a possibilidade de não poder voltar a praticar esportes. Mas a frase “vai dar tudo certo”, dita pelo seu médico, deu o apoio e a confiança que precisava. As palavras se mostraram verdadeiras e, enquanto recebia alta do hospital, já sabia que voltaria a pisar naqueles corredores, não mais como paciente e, sim, como voluntário. “Sou grato todos os dias pela oportunidade de poder praticar exercícios sem dores e dificuldades. E tento demonstrar isso no cuidado com outros pacientes dos hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat, assim como fizeram comigo”, declara.

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