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Marco Aurélio Pitta*
Ter uma empresa no Brasil, e obter sucesso, é um desafio digno de poucos. São vários os obstáculos a serem vencidos para que um negócio sobreviva em nosso país. Segundo estatísticas do SEBRAE, somente 76,3% das empresas brasileiras sobrevivem após 2 anos de vida. Motivos não faltam: elevada carga tributária, burocracia dos órgãos governamentais, crise econômica, ações trabalhistas, entre outros. Realmente parece que o sucesso empresarial é para “poucos”. E um fato parece ser decisivo para os pequenos empresários: falta de conhecimento em finanças. Como ajudar as empresas que não têm a estrutura de apoio de grandes organizações nacionais e multinacionais? Abaixo um passo a passo dos possíveis caminhos que podem levar micros e pequenos empresários a obterem sucesso na gestão financeira de seus negócios:
Passo 1: Conheça a sua contabilidade
Quantas vezes você, empresário, sentou com o seu contador para conversarem sobre a situação patrimonial e financeira de seu negócio? Quantas vezes você verificou seus ativos e passivos? A contabilidade é muito mais do que preparação de guias de impostos. Por isso, ter uma boa assessoria contábil é o primeiro caminho para o sucesso financeiro empresarial.
Passo 2: Conheça seu resultado
Modele o resultado conforme as características do negócio. Defina quais são os principais indicadores de rentabilidade de acompanhamento: lucro líquido? Margem de contribuição? EBITDA? Qual a sua meta, como empresário, e da sua equipe? O contador também pode ajudar e muito aqui neste passo.
Passo 3: Avalie sua formação de preços
Precificar produtos e serviços é essencial. Não há problemas em determinar preços baseados nos concorrentes ou mesmo no “feeling” do empresário. Mas fazer cálculos financeiros baseados na realidade, considerando todos os custos e um mark-upreferenciado por carga tributária, percentuais de custos variáveis e expectativa de lucro podem antecipar importantes resultados – lucro ou prejuízo – que irão ajudar o empresário a tomar decisões estratégicas para o negócio.
Passo 4: Como estão seus custos e despesas?
Segregar “pacotes” de contas ajuda a identificar onde se pode otimizar. Agrupamento de despesas e custos orientam a gestão. Avaliar se tal custo é realmente necessário por meio de técnicas como orçamento base zero contribui bastante. A seguinte reflexão é necessária: será que meu cliente pagaria por este custo ou despesa? Ele vê contrapartida nisto?
Passo 5: Cuide de seu fluxo de caixa, capital de giro e endividamento
Percebemos que existem vários empresários que olham só o resultado e mesmo assim não conseguem enxergar luz no fim do túnel. Um dos problemas que se observa é realmente a falta de controle de fluxo de caixa. Projeções neste quesito são muito bem-vindas. A necessidade de capital de giro por meio de acompanhamento diário, com olho em seu endividamento, se torna indispensável nos dias atuais.
Passo 6: Planejamento tributário – oportunidades e riscos
Sabemos que a carga tributária brasileira é uma das mais elevadas do mundo, principalmente quando se fala sobre tributos indiretos (aquele que está no preço dos produtos e serviços), por isso, esse passo torna-se fundamental para qualquer negócio. Avaliar oportunidades, utilizando o enquadramento tributário correto, redução de fato gerador ou mesmo créditos tributários passados, não podem ficar de fora desse passo a passo. Olhar os riscos tributários de um negócio, principalmente as pequenas empresas, é necessário para avaliar possíveis contingências e mesmo a continuidade de uma empresa.
Passo 7: Vamos olhar o futuro?
O planejamento orçamentário é uma das principais ferramentas de qualquer empresário, independentemente do tamanho de seu negócio. Fazer projeções diárias, de curto, médio ou mesmo longo prazo é imperativo. Imagine você perdido em alto mar, sem sequer uma bússola? É exatamente isso que acontece quando um empresário não sabe para onde vai, ou seja, não tem ideia do que vem pela frente. Sendo assim, olhar para o futuro pode trazer elementos importantes para tomadas de decisões assertivas para o negócio.
Um empresário, seja qual for o tamanho da empresa, precisa levar em conta esses sete passos, ter a contabilidade na mão e finanças todas projetadas. Esses cuidados, aliados a boas práticas de gestão comercial, de recursos humanos e sobretudo financeira, podem e muito contribuir de forma decisiva para a sobrevivência das empresas brasileiras nos dias atuais.
*Marco Aurélio Pitta é profissional de contabilidade, coordenador e professor dos programas de MBA da Universidade Positivo (UP) nas áreas Tributária, Contábil e de Controladoria.
Palestrante convidado do evento “Um Dia Positivo!”, que acontece dia 23/07 em Curitiba/PR.
Passo 1: Conheça a sua contabilidade
Quantas vezes você, empresário, sentou com o seu contador para conversarem sobre a situação patrimonial e financeira de seu negócio? Quantas vezes você verificou seus ativos e passivos? A contabilidade é muito mais do que preparação de guias de impostos. Por isso, ter uma boa assessoria contábil é o primeiro caminho para o sucesso financeiro empresarial.
Passo 2: Conheça seu resultado
Modele o resultado conforme as características do negócio. Defina quais são os principais indicadores de rentabilidade de acompanhamento: lucro líquido? Margem de contribuição? EBITDA? Qual a sua meta, como empresário, e da sua equipe? O contador também pode ajudar e muito aqui neste passo.
Passo 3: Avalie sua formação de preços
Precificar produtos e serviços é essencial. Não há problemas em determinar preços baseados nos concorrentes ou mesmo no “feeling” do empresário. Mas fazer cálculos financeiros baseados na realidade, considerando todos os custos e um mark-upreferenciado por carga tributária, percentuais de custos variáveis e expectativa de lucro podem antecipar importantes resultados – lucro ou prejuízo – que irão ajudar o empresário a tomar decisões estratégicas para o negócio.
Passo 4: Como estão seus custos e despesas?
Segregar “pacotes” de contas ajuda a identificar onde se pode otimizar. Agrupamento de despesas e custos orientam a gestão. Avaliar se tal custo é realmente necessário por meio de técnicas como orçamento base zero contribui bastante. A seguinte reflexão é necessária: será que meu cliente pagaria por este custo ou despesa? Ele vê contrapartida nisto?
Passo 5: Cuide de seu fluxo de caixa, capital de giro e endividamento
Percebemos que existem vários empresários que olham só o resultado e mesmo assim não conseguem enxergar luz no fim do túnel. Um dos problemas que se observa é realmente a falta de controle de fluxo de caixa. Projeções neste quesito são muito bem-vindas. A necessidade de capital de giro por meio de acompanhamento diário, com olho em seu endividamento, se torna indispensável nos dias atuais.
Passo 6: Planejamento tributário – oportunidades e riscos
Sabemos que a carga tributária brasileira é uma das mais elevadas do mundo, principalmente quando se fala sobre tributos indiretos (aquele que está no preço dos produtos e serviços), por isso, esse passo torna-se fundamental para qualquer negócio. Avaliar oportunidades, utilizando o enquadramento tributário correto, redução de fato gerador ou mesmo créditos tributários passados, não podem ficar de fora desse passo a passo. Olhar os riscos tributários de um negócio, principalmente as pequenas empresas, é necessário para avaliar possíveis contingências e mesmo a continuidade de uma empresa.
Passo 7: Vamos olhar o futuro?
O planejamento orçamentário é uma das principais ferramentas de qualquer empresário, independentemente do tamanho de seu negócio. Fazer projeções diárias, de curto, médio ou mesmo longo prazo é imperativo. Imagine você perdido em alto mar, sem sequer uma bússola? É exatamente isso que acontece quando um empresário não sabe para onde vai, ou seja, não tem ideia do que vem pela frente. Sendo assim, olhar para o futuro pode trazer elementos importantes para tomadas de decisões assertivas para o negócio.
Um empresário, seja qual for o tamanho da empresa, precisa levar em conta esses sete passos, ter a contabilidade na mão e finanças todas projetadas. Esses cuidados, aliados a boas práticas de gestão comercial, de recursos humanos e sobretudo financeira, podem e muito contribuir de forma decisiva para a sobrevivência das empresas brasileiras nos dias atuais.
*Marco Aurélio Pitta é profissional de contabilidade, coordenador e professor dos programas de MBA da Universidade Positivo (UP) nas áreas Tributária, Contábil e de Controladoria.
Palestrante convidado do evento “Um Dia Positivo!”, que acontece dia 23/07 em Curitiba/PR.