Por Júlio Röcker Neto, gerente editorial da Editora Positivo, especialista em Leitura de Múltiplas Linguagens (PUCPR) e mestre em Literatura (UFPR)
Um dos mais importantes temas em educação e em formação humana é, certamente, a leitura e a formação de leitores.
Adquirindo um sentido muito mais amplo do que apenas decifrar a palavra escrita, o ato de ler deve ser entendido sob muitos matizes: como atribuição de sentido ao texto escrito, como prática social, como compreensão do contexto (“a leitura do mundo precedendo a leitura da palavra”, lembrando Paulo Freire, para quem a “compreensão do texto implica a percepção das relações entre texto e contexto”), etc. Ler, assim, é explorar o texto em busca de respostas textuais e contextuais, é ser questionado pelo mundo e por si mesmo, o que gera uma ação crítica do sujeito no mundo.
Nesse sentido, o ato de leitura é um ato de abertura para o mundo. Ao entrarmos no território dos textos com tudo o que somos e lemos, emergimos da leitura com mais clareza do nosso universo interior e exterior, reinaugurando nosso repertório. Olhar é ler, e ler, antes de tudo, é uma operação de percepção, em que estão envolvidos muitos processos: neurofisiológico, cognitivo, afetivo, argumentativo, simbólico, não necessariamente nessa ordem, daí a complexidade e abrangência do conceito de leitura.
Discutir, estudar ou revisar o conceito que temos ou tínhamos de leitura, neste momento do século 21, é mais do que oportuno. Em primeiro lugar, porque exige pensar a respeito da formação de leitores e escritores no espaço escolar, tendo como mote nada mais do que uma das funções essenciais da escola, que é desenvolver a competência comunicativa dos alunos, tornando-os, assim, capazes de compreender a realidade em que estão inseridos e participar ativamente da construção do mundo histórico e cultural. Em segundo lugar, e não menos importante, a função da escola em educar sensibilidades, em formar pela arte. Não há como pensar em um projeto de nação sem pensar em leitura e formação de leitores.
Se a função do educador e da escola der conta de tornar o aluno capaz de ler e pronunciar o mundo, citando novamente Paulo Freire, responderemos ao desafio maior de não só formar leitores críticos e conscientes de sua cidadania, mas também pessoas que exercitem a expressão da criatividade e do espírito como preparo para uma vida adulta de valorização do humano.
Adquirindo um sentido muito mais amplo do que apenas decifrar a palavra escrita, o ato de ler deve ser entendido sob muitos matizes: como atribuição de sentido ao texto escrito, como prática social, como compreensão do contexto (“a leitura do mundo precedendo a leitura da palavra”, lembrando Paulo Freire, para quem a “compreensão do texto implica a percepção das relações entre texto e contexto”), etc. Ler, assim, é explorar o texto em busca de respostas textuais e contextuais, é ser questionado pelo mundo e por si mesmo, o que gera uma ação crítica do sujeito no mundo.
Nesse sentido, o ato de leitura é um ato de abertura para o mundo. Ao entrarmos no território dos textos com tudo o que somos e lemos, emergimos da leitura com mais clareza do nosso universo interior e exterior, reinaugurando nosso repertório. Olhar é ler, e ler, antes de tudo, é uma operação de percepção, em que estão envolvidos muitos processos: neurofisiológico, cognitivo, afetivo, argumentativo, simbólico, não necessariamente nessa ordem, daí a complexidade e abrangência do conceito de leitura.
Discutir, estudar ou revisar o conceito que temos ou tínhamos de leitura, neste momento do século 21, é mais do que oportuno. Em primeiro lugar, porque exige pensar a respeito da formação de leitores e escritores no espaço escolar, tendo como mote nada mais do que uma das funções essenciais da escola, que é desenvolver a competência comunicativa dos alunos, tornando-os, assim, capazes de compreender a realidade em que estão inseridos e participar ativamente da construção do mundo histórico e cultural. Em segundo lugar, e não menos importante, a função da escola em educar sensibilidades, em formar pela arte. Não há como pensar em um projeto de nação sem pensar em leitura e formação de leitores.
Se a função do educador e da escola der conta de tornar o aluno capaz de ler e pronunciar o mundo, citando novamente Paulo Freire, responderemos ao desafio maior de não só formar leitores críticos e conscientes de sua cidadania, mas também pessoas que exercitem a expressão da criatividade e do espírito como preparo para uma vida adulta de valorização do humano.