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Ivo Carraro*
O segredo para ser um profissional bem-sucedido é gostar da profissão. Para isso, é preciso saber quais as atividades desenvolvidas em cada área e quais delas lhe proporcionam mais prazer. A neurociência explica as leis do cérebro – entre elas – a motivação: quando fazemos algo que gostamos, o cérebro diz: “faça mais uma vez, para sentir esse prazer novamente”. Tem uma região no cérebro, chamada sistema de recompensa, que usa um neurotransmissor, a dopamina – e quando se faz algo prazeroso, essa região enche de dopamina e vem a sensação de prazer. Mas essa sensação representa uma reação química passageira.
Um exemplo disso é, para quem gosta de chocolate, uma caixa de bombons. O cérebro diz ‘’experimente’’, e alguém experimenta. É bom? Gostou? Então pegue outro! Gostou novamente? Pegue mais um! E quando a pessoa se dá conta, comeu a caixa inteira! Esse é o princípio da motivação: um motivo para sentir o prazer novamente. Mas nem sempre o mais prazeroso é o mais fácil. A vida não é um processo fácil. Passar no vestibular não é fácil – mas quem tem anseio, mobiliza-se. A vitória vem pelo esforço – e sabendo o caminho profissional, ele tende a se dedicar. E já que estamos falando em comida, um dos grandes prazeres da vida é a alimentação, por isso é tão difícil fazer dieta. Conhece alguém que faça regime e esteja alegre ao mesmo tempo?
Por isso, ao escolher as atividades mais prazerosas em cada profissão, o aluno deve-se perguntar: “essa atividade é tão boa quanto a minha comida preferida?’’ Porque uma das leis do cérebro diz que, entre dois caminhos, ele prefere o mais prazeroso. Eu gosto de lasanha, por exemplo. E não gosto de ovo mole. Meu cérebro condiciona que toda vez que eu pensar em lasanha, vou ficar com água na boca.
Por isso, é tão difícil fazer dieta. E tem um monte de dieta que não dá certo porque ninguém consegue enganar o cérebro. Só acredito na dieta em que se come o que gosta, mas na dosagem correta e intercalando com o que deve ser comido para se manter saudável. Daí em diante, a tarefa é fazer a razão prevalecer sobre a emoção. Comer para satisfazer o cérebro não é o mesmo que comer para satisfazer o estômago. Se for algo que se goste, o cérebro sempre vai pedir mais. Cabe à razão saber a hora certa de parar.
Prestar vestibular também é um processo racional – arquivos de memória que foram construídos ao longo do tempo. Mas se o aluno tiver um descontrole emocional na hora da avaliação, a emoção toma conta, o garoto esquece o conteúdo e vem o famoso “branco na prova”. A emoção muito forte trava a razão, que é a resposta para o vestibular. O regime, a reeducação alimentar é uma questão emocional. Você não consegue se reeducar, porque a emoção é mais forte e a razão desiste.
Por isso, fazer dieta é uma forma de o estudante aprender a usar a emoção racionalmente. Até porque, mesmo na profissão escolhida, nem tudo será como a lasanha. É essencial escolher a profissão que lhe dê prazer, porque a arte de ganhar dinheiro é gostar do que se faz. A grande meta humana é ser feliz, e a profissão é um dos caminhos. É muito difícil transformar ovo mole em lasanha, mas compreenda que é preciso comer ovo mole de vez em quando.
* Ivo Carraro é orientador educacional do Curso Positivo, professor de matemática, psicólogo e autor do livro “Profissões: pais preocupados, filhos inseguros”.
Um exemplo disso é, para quem gosta de chocolate, uma caixa de bombons. O cérebro diz ‘’experimente’’, e alguém experimenta. É bom? Gostou? Então pegue outro! Gostou novamente? Pegue mais um! E quando a pessoa se dá conta, comeu a caixa inteira! Esse é o princípio da motivação: um motivo para sentir o prazer novamente. Mas nem sempre o mais prazeroso é o mais fácil. A vida não é um processo fácil. Passar no vestibular não é fácil – mas quem tem anseio, mobiliza-se. A vitória vem pelo esforço – e sabendo o caminho profissional, ele tende a se dedicar. E já que estamos falando em comida, um dos grandes prazeres da vida é a alimentação, por isso é tão difícil fazer dieta. Conhece alguém que faça regime e esteja alegre ao mesmo tempo?
Por isso, ao escolher as atividades mais prazerosas em cada profissão, o aluno deve-se perguntar: “essa atividade é tão boa quanto a minha comida preferida?’’ Porque uma das leis do cérebro diz que, entre dois caminhos, ele prefere o mais prazeroso. Eu gosto de lasanha, por exemplo. E não gosto de ovo mole. Meu cérebro condiciona que toda vez que eu pensar em lasanha, vou ficar com água na boca.
Por isso, é tão difícil fazer dieta. E tem um monte de dieta que não dá certo porque ninguém consegue enganar o cérebro. Só acredito na dieta em que se come o que gosta, mas na dosagem correta e intercalando com o que deve ser comido para se manter saudável. Daí em diante, a tarefa é fazer a razão prevalecer sobre a emoção. Comer para satisfazer o cérebro não é o mesmo que comer para satisfazer o estômago. Se for algo que se goste, o cérebro sempre vai pedir mais. Cabe à razão saber a hora certa de parar.
Prestar vestibular também é um processo racional – arquivos de memória que foram construídos ao longo do tempo. Mas se o aluno tiver um descontrole emocional na hora da avaliação, a emoção toma conta, o garoto esquece o conteúdo e vem o famoso “branco na prova”. A emoção muito forte trava a razão, que é a resposta para o vestibular. O regime, a reeducação alimentar é uma questão emocional. Você não consegue se reeducar, porque a emoção é mais forte e a razão desiste.
Por isso, fazer dieta é uma forma de o estudante aprender a usar a emoção racionalmente. Até porque, mesmo na profissão escolhida, nem tudo será como a lasanha. É essencial escolher a profissão que lhe dê prazer, porque a arte de ganhar dinheiro é gostar do que se faz. A grande meta humana é ser feliz, e a profissão é um dos caminhos. É muito difícil transformar ovo mole em lasanha, mas compreenda que é preciso comer ovo mole de vez em quando.
* Ivo Carraro é orientador educacional do Curso Positivo, professor de matemática, psicólogo e autor do livro “Profissões: pais preocupados, filhos inseguros”.