Após 12 altas seguidas, a recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), realizada em 21 de setembro, manteve inalterada a taxa básica de juros da economia, a chamada Selic, no patamar de 13,75% ao ano. A decisão interrompe a maior sequência de aperto monetário da história nacional, mas mantém o BC de sobreaviso: caso a desinflação não ocorra como o esperado, é possível que o Copom retome o ciclo de ajustes.
Nesse cenário, é natural que surjam dúvidas a respeito das melhores aplicações do momento. “Em situações de turbulência e de calmaria, mesmo que momentâneas, é fundamental que o perfil do investidor seja o primeiro ponto a ser avaliado e considerado na escolha de uma aplicação”, afirma o assessor de Investimentos do Sicredi Iguaçu PR/SC/SP, Tarcisio Rafael Fachinello.
As oscilações da Selic influenciam todas as taxas de juros praticadas no país. Seja no momento de tomar um empréstimo no banco, ou mesmo na hora de realizar uma aplicação financeira, esta pequena sigla, que significa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, tem peso e importância.
Com o patamar de 13,75% ao ano definido pelo Copom, a expectativa é de que as aplicações financeiras de renda fixa atreladas à Selic e ao CDI continuem se beneficiando com esse cenário. Isso porque o início dos cortes de juros, motivado principalmente pela queda da inflação, deve ocorrer somente a partir do segundo semestre de 2023.
“Mesmo diante desta perspectiva em relação à Selic, as pessoas que destinam parte de seus rendimentos para as aplicações precisam saber em que perfil investidor se encaixam”, destaca Fachinello. A preocupação do assessor do Sicredi se justifica. De acordo com a pesquisa “Raio X do Investidor de 2021”, realizada nas cinco regiões do país pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), 69,8% não sabem a razão pela qual escolheram o tipo de investimento que fizeram.
O especialista ressalta que é importante que haja benefício, ao invés de arrependimento por uma escolha equivocada de investimento. “E se o dinheiro é destinado a uma reserva, com a possibilidade de saque imediato, a caderneta de poupança não deve ser descartada como opção”, completa.
Veja a seguir as orientações do assessor de Investimentos para cada perfil de investidor:
Conservador
Este investidor, em geral, não gosta de correr riscos e busca ganhos no longo prazo. Para os conservadores são recomendados os investimentos de renda fixa, como o Tesouro Direto. Outra opção é buscar títulos, como CDBs, LCIs e LCAs, indexados ao CDI, uma taxa parecida com a Selic.
Moderado
Com um pouco mais de conhecimento sobre o mercado financeiro, esse investidor aceita algum tipo de risco em seus aportes, na busca por maior rentabilidade. Para os moderados, parte dos investimentos pode ser aplicada em renda fixa e também em fundos imobiliários e algumas ações.
Arrojado
Com bastante experiência e conhecimento do mercado, esse investidor busca grande rentabilidade para seu dinheiro. As aplicações para esse perfil pedem renda variável e investimento em ações de boas companhias, como bancos, empresas ligadas a commodities e a serviços essenciais, como água e energia.
Seja qual for o perfil do investidor, ressalta Tarcisio Fachinello, é fundamental manter a saúde do orçamento familiar, com gastos sob controle e pagamentos em dia. “Dessa forma, é possível fazer uma reserva e destinar parte dos ganhos para os investimentos financeiros em tempos de turbulência ou de calmaria econômica”, conclui.
Sobre o Sicredi
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento de seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. Possui um modelo de gestão que valoriza a participação dos mais de 6 milhões de associados, que exercem o papel de donos do negócio. Com mais de 2.300 agências, o Sicredi está presente fisicamente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, disponibilizando mais de 300 produtos e serviços financeiros.
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